Bignoniaceae

Zeyheria montana Mart.

LC

EOO:

3.473.580,375 Km2

AOO:

2.232,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Lohmann, 2020), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Abaíra, Andaraí, Barreiras, Caetité, Canápolis, Carinhanha, Cocos, Correntina, Cristópolis, Érico Cardoso, Feira da Mata, Formosa do Rio Preto, Ibicoara, Licínio de Almeida, Maracás, Mucugê, Piatã, Rio de Contas, São Desidério, Una e Urandi —, no Distrito Federal — no município Brasília —, no estado de Goiás — nos municípios Abadiânia, Alto Paraíso de Goiás, Amorinópolis, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Aragarças, Caçu, Caldas Novas, Catalão, Cavalcante, Cristalina, Doverlândia, Formosa, Goianira, Ipameri, Israelândia, Itajá, Itumbiara, Luziânia, Minaçu, Mineiros, Morrinhos, Mossâmedes, Niquelândia, Piranhas, Pirenópolis, Planaltina, Portelândia, Posse, São Domingos, São João d'Aliança, Silvânia e Trindade —, no estado do Maranhão — nos municípios Barra da Corda, Benedito Leite, Carolina, Caxias, Estreito, Fortuna, Imperatriz, Loreto, Matões, Mirador, Porto Franco, São João dos Patos, Sucupira do Norte, Sucupira do Riachão, Tasso Fragoso e Timon —, no estado do Mato Grosso — nos municípios Alto Boa Vista, Araguaiana, Aripuanã, Barra do Garças, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, General Carneiro, Itiquira, Nobres, Nova Xavantina, Paranatinga, Poconé, Pontes e Lacerda, Ribeirão Cascalheira e Rondonópolis —, Mato Grosso Do Sul — nos municípios Água Clara, Campo Grande, Corguinho, Corumbá, Nova Andradina, São Gabriel do Oeste, Selvíria, Terenos e Três Lagoas —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Aiuruoca, Alfenas, Alpinópolis, Andradas, Araçuaí, Araguari, Araxá, Arcos, Arinos, Baependi, Barbacena, Barroso, Belo Horizonte, Berilo, Betim, Boa Esperança, Bom Despacho, Bom Sucesso, Botumirim, Brasilândia de Minas, Brumadinho, Buenópolis, Caeté, Camanducaia, Cambuquira, Campo do Meio, Capitólio, Carbonita, Carmo da Cachoeira, Carrancas, Caxambu, Chapada Gaúcha, Confins, Contagem, Cordisburgo, Corinto, Coronel Xavier Chaves, Couto de Magalhães de Minas, Cristália, Curvelo, Datas, Delfinópolis, Diamantina, Divinópolis, Entre Rios de Minas, Florestal, Francisco Sá, Funilândia, Grão Mogol, Ibertioga, Iguatama, Ingaí, Itabirito, Itanhandu, Itutinga, Jaboticatubas, Januária, João Pinheiro, Joaquim Felício, Juatuba, Lagamar, Lagoa Santa, Lavras, Lima Duarte, Martinho Campos, Matozinhos, Montes Claros, Nova Lima, Nova Ponte, Ouro Branco, Ouro Preto, Paracatu, Paraopeba, Patos de Minas, Patrocínio, Perdizes, Piumhi, Poços de Caldas, Presidente Olegário, Rio Acima, Rio Paranaíba, Rios de Minas, Sabará, Santa Cruz de Minas, Santa Luzia, Santana de Pirapama, Santana do Garambéu, Santana do Riacho, São Gonçalo do Rio Preto, São João da Lagoa, São João Del-Rei, São João Nepomuceno, São Romão, São Roque de Minas, São Sebastião do Paraíso, São Thomé das Letras, São Tiago, Tiradentes, Três Corações, Três Marias, Três Pontas, Turmalina, Uberaba, Uberlândia e Unaí —, no estado do Pará — no município São Geraldo do Araguaia —, no estado do Paraná — nos municípios Jaguariaíva e Sengés —, no estado do Piauí — nos municípios Baixa Grande do Ribeiro, Bom Jesus, Canavieira, Corrente, Floriano, Gilbués, Guadalupe, Porto Alegre do Piauí, Ribeiro Gonçalves, Santa Filomena, São Miguel do Tapuio e Uruçuí —, no estado de São Paulo — nos municípios Agudos, Américo Brasiliense, Assis, Avanhandava, Avaré, Bauru, Baurú, Bebedouro, Botucatu, Caçapava, Cajuru, Campinas, Campos do Jordão, Conchal, Cunha, Franco da Rocha, Itaberá, Itapetininga, Itapeva, Itatinga, Itiparina, Itirapina, Itu, José Bonifácio, Jundiaí, Magda, Matão, Mirassolândia, Mococa, Mogi-Guaçu, Moji-Mirim, Palestina, Palmeira d'Oeste, Pedregulho, Pirassununga, Pratânia, Sales Oliveira, Santa Albertina, Santa Rita do Passa Quatro, Santo Antônio de Posse, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Suzanápolis, Tatuí, Ubarana e Valentim Gentil —, e no estado do Tocantins — nos municípios Brejinho de Nazaré, Darcinópolis, Dianópolis, Guaraí, Ipueiras, Mateiros, Miracema do Tocantins, Novo Acordo, Palmas, Paraíso do Tocantins, Ponte Alta do Tocantins, Porto Nacional e Sandolândia.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2021
Avaliador: Monira Bicalho
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Zeyheria montana é um arbusto ou árvore com até 3 m de altura (Gentry, 1992), endêmica do Brasil (Lohmann, 2020). Foi coletada em múltiplas fitofisionomias associadas à Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, em diversos Estados do Brasil. Apresenta distribuição ampla, EOO=2500451 km², mais de 10 situações de ameaças e constante presença em herbários, inclusive com coletas recentes, e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de Proteção Integral. Os valores de EOO e o número de situações de ameaça, extrapolam os limiares para a inclusão da espécie em uma categoria de ameaça. Adicionalmente, não existem dados de declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Assim, foi considerada como de Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.

Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Nov. Gen. Sp. Pl. 2: 66, 1826. É afim de Zeyheria tuberculosa, mas difere por suas flores maiores, frutos e estatura menores (Gentry, 1992). Popularmente conhecida como bolsa de pastor e mandioquinha-do-campo em português (Lohmann, 2020).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Tempo de geração:

Detalhes: range 60 /180
Justificativa:

Segundo as informações fornecidas pelo especialista, o tempo de geração estimado para esta espécie é de 5 – 15 anos (L.G. Lohmann com. pess. 2021).

Detalhes: Em estudo para avaliar a variabilidade genética de Zeyheria montana Mart., realizado por Bertoni et al. (2007), em oito populações localizadas no estado de São Paulo, verificaram que a variabilidade genética das populações naturais de Zeyheria montana encontradas no estado de São Paulo, analisada por meio de marcadores moleculares RAPD, possui um componente interpopulacional significativo, mas nenhum padrão espacial. Parece que os resultados obtidos suportam um modelo de ilhas parcialmente isoladas, avançando de forma independente no espaço genético. Nenhum padrão de isolamento por distância foi definido nesta escala espacial, em que as populações vizinhas ou em proximidade compartilhariam mais similaridade genética.
Referências:
  1. Bertoni, B.W., Astolfi Filho, S., Martins, E.R., Damião Filho, C.F., França, S. de C., Pereira, A.M.S., Telles, M.P. de C., Diniz Filho, J.A.F., 2007. Genetic variability in natural populations of Zeyheria montana mart. from the Brazilian Cerrado. Sci. Agric. 64, 409–415. https://doi.org/10.1590/S0103-90162007000400012

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Longevidade: perennial
Biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado
Vegetação: Campo Limpo, Carrasco, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 2.1 Dry Savanna, 3.5 Subtropical/Tropical Dry Shrubland
Detalhes: Árvore a arbustos com até 3 m de altura (Gentry, 1992). Ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, em Campo Limpo, Carrasco, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual (Lohmann, 2020).
Referências:
  1. Gentry, A.H., 1992. Bignoniaceae - Part II (Tribe Tecomeae). Flora Neotrop. 25, 1–370.
  2. Lohmann, L.G., 2020. Zeyheria. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB114466 (acesso em 08 de setembro de 2021)

Ações de conservação (5):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al., 2015).
Referências:
  1. Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), 2015. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional. CNCFlora: Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Laboratório de Biogeografia da Conservação: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 100 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da região de Grão Mogol - Francisco Sá (Pougy et al., 2015).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Maurenza, D., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), 2015. Plano de Ação Nacional para a Conservação da Flora Ameaçada de Extinção da Região de Grão Mogol - Francisco Sá. CNCFlora: Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Laboratório de Biogeografia da Conservação: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 76 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre em Alto Boa Vista (MT) e Aripuanã (MT), municípios da Amazônia Legal considerados prioritários para fiscalização, referidos no Decreto Federal 6.321/2007 (BRASIL, 2007) e atualizado em 2018 pela Portaria MMA nº 428/18 (MMA, 2018).
Referências:
  1. BRASIL, 2007. Decreto Federal nº 6.321, de 21 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União, 21/12/2007, Edição Extra, Seção 1, p. 12. URL http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6321.htm (acesso em 23 de setembro de 2021).
  2. MMA - Ministério do Meio Ambiente, 2018. Portaria MMA nº 428, de 19 de novembro de 2018. Diário Oficial da União, 20/11/2018, Edição 222, Seção 1, p. 74. URL http://http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/50863140/do1-2018-11-20-portaria-n-428-de-19-de-novembro-de-2018-50863024 (acesso em 06 de outubro de 2021).
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Meio Norte - 1 (MA), Território Endêmicas - 11 (BA), Território Sacramento - 15 (MG), Território Campinas - 18 (MG, SP), Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (PR, SP), Território PAT São Paulo - 20 (SP), Território São João del Rei - 29 (MG), Território Itororó - 35 (BA), Território Formosa - 9 (GO, MG), Território PAT Cerrado Tocantins - 12 (TO), Território PAT Chapada Diamantina-Serra da Jiboia - 39/40 (BA), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Bacia do Paraíba do Sul, Área de Proteção Ambiental Campos do Jordão, Área de Proteção Ambiental Carste da Lagoa Santa, Área de Proteção Ambiental Corumbataí, Botucatu e Tejupá - Perímetro Botucatu, Área de Proteção Ambiental Corumbataí, Botucatu e Tejupá Perímetro Corumbataí, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Descoberto, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São Bartolomeu, Área de Proteção Ambiental da Bacia dos Ribeirões do Gama e Cabeça de Veado, Área de Proteção Ambiental da Chapada dos Guimarães, Área de Proteção Ambiental de Cafuringa, Área de Proteção Ambiental de São Geraldo do Araguaia, Área de Proteção Ambiental do Lago Paranoá, Área de Proteção Ambiental do Planalto Central, Área de Proteção Ambiental do Rio Preto, Área de Proteção Ambiental dos Pireneus, Área de Proteção Ambiental Estadual da Escarpa Devoniana, Área de Proteção Ambiental Fernão Dias, Área de Proteção Ambiental Jalapão, Área de Proteção Ambiental Jundiaí, Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, Área de Proteção Ambiental Piracicaba Juqueri Mirim Área I, Área de Proteção Ambiental Pouso Alto, Área de Proteção Ambiental Serra do Barbado, Área de Proteção Ambiental Serra do Lajeado, Área de Proteção Ambiental Sul-Rmbh, Área de Relevante Interesse Ecológica Capetinga/Taquara, Estação Ecológica de Águas Emendadas, Estação Ecológica de Itapeva, Estação Ecológica do Jardim Botânico, Floresta Estadual de Assis, Parque Estadual das Furnas do Bom Jesus, Parque Estadual do Jalapão, Parque Estadual do Juquery, Parque Estadual Rio Preto, Parque Nacional da Chapada das Mesas, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Parque Nacional da Serra do Cipó, Parque Nacional das Sempre Vivas, Parque Nacional de Brasília, Reserva Particular do Patrimônio Natural Ecocerrado Brasil e Reserva Particular do Patrimônio Natural Reserva Natural do Tombador.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
3. Medicine - human and veterinary natural leaf
Os extratos de folhas e raízes de Z. montana são usados convencionalmente na medicina popular brasileira para o tratamento de úlceras, tumores de pele e doenças inflamatórias. O extrato da folha de Z. montana tem atividade analgésica periférica efetiva e atividade anti-inflamatória pronunciada, mesmo quando comparado a drogas conhecidas, como aspirina e indometacina (Guenka et al., 2008).
Referências:
  1. Guenka, L., Gomes, R., Melo, V., Kitanishi, C., Pereira, P., França, S., Couto, L., Beleboni, R., 2008. Anti-inflammatory and anti-nociceptive effects of Zeyheria montana (Bignoniaceae) ethanol extract. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 103, 768–772. https://doi.org/10.1590/S0074-02762008000800004